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A mostrar mensagens de agosto, 2009

O bando dos 4

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Habitantes

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IDEIA PARA UM JOGO INTERACTIVO Num prédio antigo da cidade de Lisboa morreu um homem de solidão. Todos os inquilinos têm a sua quota parte de responsabilidade no sucedido. A ideia é o utilizador reflectir nas atitudes e nas vidas dos outros habitantes daquele prédio na procura de uma identificação dos motivos para aquela morte. A realidade é a de que ninguém fez nada e essa foi a principal razão da tragédia. Sempre nos interrogámos sobre o que se passa na casa dos nossos vizinhos, todos já tivemos um vizinho sobre o qual especulámos se teria ou não uma segunda vida, todos sabemos que sabemos muito pouco acerca dos nossos vizinhos e portanto parece-me oportuno pensar e fazer um projecto acerca destes assuntos que nos são tão próximos. Tive uma vizinha, uma idosa que vivia sozinha e que ninguém via no prédio nem mesmo para despejar o lixo nem para receber alguém, parecia que estava só no mundo ou então ninguém queria saber dela, ou melhor, ela não queria saber de ninguém. Eu sabia que el...

Dez anos.

Lembro-me de lhe pegar com cuidado e de o levar para casa no bolso da camisa. Quando o enquadrei na mira da pressão de ar, suspenso na respiração, vi como o seu peito orgulhoso se enchia de ar e de dentro saía um cantar alegre e distraído. Nem dei pelo dedo quando escolheu aquele momento. As folhas não tiveram força para o segurar e caiu no chão a poucos metros de mim. Esteve ali, em cima da mesa da cozinha durante muito tempo sem que eu soubesse o que fazer com um pássaro tão bonito,mas que não se mexia. Fiquei muito contente quando vi que o gato sabia.

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Um pequeno contributo para a felicidade

Assim que entrei os que deram pela minha presença sorriram. Facto estranho num café da minha rua onde nem sempre vou e nem todos me conhecem. Mas se são sorrisos, são sempre bem vindos mesmo daqueles que não conhecemos. Pedi uma bica em chávena fria e quando me sentava ao balcão tive a sensação que do ruído da sala agora só sobrava o silêncio. Era um silêncio sorridente apesar de tudo. O empregado, um homem de bigode, passou a mão pelo cabelo devagarinho. Não percebi o gesto e havia qualquer coisa de estranho no seu olhar. Era sábado. Tinha passado a tarde com as minhas filhas, no meio de brincadeiras com casinhas de bonecas em que nunca fazia de pai e quase sempre era um filho muito mal comportado que precisava constantemente de ser castigado. Desde que saíra de casa que tinha a estranha sensação de que muitas pessoas davam por mim na rua e que quase sempre nos seus rostos se abria um sorriso rasgado. Sentia-me bem por ver pessoas que eu nunca tinha visto, que por uma razão qualquer a...