domingo, 14 de abril de 2013

Domingo de Sol no Museu da Cidade

Domingo, parado em frente ao Museu da Cidade. A minha filha Alice está comigo e está um pouco cansada da volta de bicicleta que demos. Pergunto-lhe se gostava de ver a exposição que está no Pavilhão Preto. Sim.

Esqueci-me do cadeado para deixar as bicicletas cá fora. O segurança diz-me que não posso levar as bicicletas para dentro. Eu pergunto porquê e ele diz-me que se todos quisessem pôr a bicicleta lá dentro, aquilo ficava cheio de bicicletas. Eu digo-lhe que somos só os dois, que não está ali mais ninguém. Ele diz que não importa. Eu insisto que o que eu queria mesmo era ver a exposição descansado na companhia da minha filha, num domingo de sol (não lhe disse que este é o meu único dia para ter programas culturais e andar de bicicleta com a Alice) e não gostava que este dia fosse ensombrado pela perda súbita das bicicletas que ficaram no passeio à mercê de algum vilão que por ali passou.
O segurança diz-me que não as podemos deixar no jardim para vermos a exposição descansados, mesmo sabendo que nos podem roubar a bicicleta. O nosso diálogo terminou com um porquê? e um porque não!

Parados em frente ao Museu da Cidade. Eu e a Alice, num dia de sol, vimos o guarda puxar as calças para cima e voltar-nos as costas.

A Alice abriu as portas do Museu e afastou-se. Eu entrei a pedalar a toda a velocidade perante o olhar incrédulo do segurança. O segurança parece que corre atrás de mim. A Alice entra também aproveitando as portas abertas. O jardim é enorme e com passeios largos, bons para pedalar. A Alice junta-se a mim, evitando o segurança ofegante e vamos para o labirinto de arbustos recortados. A Alice está contente e eu também. E agora? pergunta ela a pedalar de sorriso rasgado e cabelo ao vento... Agora aproveitamos esta sensação de não fazermos sempre o que nos dizem, principalmente se não concordarmos com isso, digo eu a olhar para a entrada do jardim onde o segurança nos procura com os olhos. 
A seguir logo se vê! Havemos de sair como entrámos...

Dentro do Museu da Cidade num Domingo de Sol eu e a Alice dirigimo-nos para a entrada.
O segurança ainda nos procura. Aproveitamos para fechar as portas que tinham ficado abertas. Gosto de dar bons exemplos à Alice.