Domingo, parado em frente ao Museu da Cidade. A minha filha Alice está comigo e está um pouco cansada da volta de bicicleta que demos. Pergunto-lhe se gostava de ver a exposição que está no Pavilhão Preto. Sim. Esqueci-me do cadeado para deixar as bicicletas cá fora. O segurança diz-me que não posso levar as bicicletas para dentro. Eu pergunto porquê e ele diz-me que se todos quisessem pôr a bicicleta lá dentro, aquilo ficava cheio de bicicletas. Eu digo-lhe que somos só os dois, que não está ali mais ninguém. Ele diz que não importa. Eu insisto que o que eu queria mesmo era ver a exposição descansado na companhia da minha filha, num domingo de sol (não lhe disse que este é o meu único dia para ter programas culturais e andar de bicicleta com a Alice) e não gostava que este dia fosse ensombrado pela perda súbita das bicicletas que ficaram no passeio à mercê de algum vilão que por ali passou. O segurança diz-me que não as podemos deixar no jardim para vermos a exposição descansados, ...